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a calcular o tempo que tenho vindo progressivamente a dedicar à minha saúde. Mais que não seja, a agradecer frequentemente o facto de ter um seguro de saúde. A saúde tem vindo a subir na minha escala de prioridades e a partir de uma certa idade há protocolos e recomendações a seguir anualmente, bianualmente … O que também lembra que isto “ninguém vai para novo”.
Quando temos saúde, tomamo-la como certa. A saúde entra numa curva ascendente em direção a um ponto óptimo. A fase da nossa vida em que a nossa saúde atinge o pico. O ponto alto da curva, digamos. Anos em que nos sentimos cheios dela! Entre os 25 e os 45 anos para muitos.
Tempo e Saúde crescem lado a lado. Depois, mais tempo deixa de ser sinal de mais saúde. Lembro-me de ouvir “é novo nada lhe faz mal”, ou “dorme uma noite e recupera”. “Amanhã está como novo”. Sei o que é … Já fui assim!
Hoje, não recupero uma noitada numa noite de sono, nem uns quilinhos com uma semana de dieta!
Hoje, sinto que a minha saúde é um recurso que merece a minha atenção. Nada é mais importante para mim do que viver uma vida equilibrada. Esta é uma grande afirmação, não é! Big statement!
Viver o equilíbrio implica uma harmonia entre o corpo físico, os pensamentos, as emoções, os comportamentos e as aspirações. É um flow. E com equilíbrio obtenho bem-estar. Coisa simples? Na verdade, nem por isso.
Enquanto psicoterapeuta ouço e sinto o desequilíbrio nas vidas e nos pensamentos de muitas pessoas. E enquanto arte-psicoterapeuta vejo como representam e vivem momentos de insatisfação e de desnorte. Imagens de emoções mal geridas, de pensamentos inúteis, de zanga com a vida ou de conflitos afectivos. Tudo isto impacta no corpo e na nossa saúde enquanto seres multidimensionais. Por isso mesmo, se estamos doentes numa esfera do nosso ser, inevitavelmente a doença física procura o nosso corpo para se manifestar.
E perante a doença explorarmos com curiosidade e auto-consciência as causas daquele determinado grupo de sintomas. Cada doença reveste-se de uma particularidade própria com propriedades físicas, é certo, mas também com propriedades emocionais e mentais. O ambiente que gerou um sintoma específico pode ser transformado para gerar um ambiente de saúde. Fazemos isto em psicoterapia e arte-psicoterapia!
Costumo comparar a depressão ou a ansiedade a um sintoma de febre gerado pela nossa mente. Sintoma este, que aponta para a existência de uma infecção (ferida/mágoa) algures, que teremos de investigar para saber da sua origem. E é muito curioso observar e escutar o corpo à medida que este processo evolui. Os sintomas físicos aliados a sintomas emocionais são compreendidos e sentimos o equilíbrio a querer instalar-se.
Há que encontrar tempo para cuidarmos de nós, Corpo, Mente, Coração e Espírito. Chamem-lhe saber envelhecer, eu prefiro pensar que é mais um passo para crescer em sabedoria.
A psicoterapia ajuda a desbravar esse caminho para o equilíbrio e para o bem-estar.
Quem não arranjar tempo e dinheiro para a sua saúde mais cedo ou mais tarde terá de arranjar tempo e dinheiro para a doença. Cheers! Á nossa SAÚDE!